Nos últimos meses, ficou provado que duas palavras têm, de fato, o poder de mexer com os ânimos do mercado. O Open Banking, iniciativa que promete desburocratizar o sistema financeiro e conferir mais autonomia aos usuários, descortina uma enorme gama de possibilidades, principalmente para as pessoas jurídicas.
As mudanças, em especial as que quebram grandes paradigmas, podem soar indigestas; no entanto, são elas que temperam novas (e incríveis) oportunidades. O mundo do Open Banking certamente vai exigir algumas adaptações, mas, em troca, permitirá que os processos sejam mais integrados, transparentes e eficazes.
O futuro chegou ao sistema financeiro! Aproveite para entender um pouco mais sobre o conceito e fique por dentro dos principais impactos da transformação.
O Open Banking está no ar!
Boa leitura e bons insights!
O que é, enfim, o Open Banking?
Em tradução livre para o português, “Open Banking” significa “banco aberto”, ou “sistema bancário aberto”. De forma geral, o termo descreve uma ideia essencialmente simples: a de que o usuário, pessoa física ou jurídica, deve ter total liberdade e segurança para levar suas informações financeiras para onde quiser.
À primeira vista, a portabilidade de informações pode ter várias implicações para todos os agentes envolvidos. Enquanto as APIs abertas favorecem a ampliação de ofertas em produtos e serviços financeiros, ampliando a concorrência em um setor ainda pouco pulverizado, por exemplo, o consumidor tem mais facilidade para transitar entre as instituições financeiras, eliminando boa parte da burocracia do processo.
Na prática, o Open Banking representa uma visão mais alinhada aos avanços – e aos benefícios – da tecnologia. No Reino Unido, o sistema já funciona; nos Estados Unidos, na Austrália e no Japão, para mencionar somente alguns países, o assunto também já está sendo estudado. O Brasil tem, portanto, a chance de estar na vanguarda da inovação. Nós estamos preparados! E você?
Agenda Open Banking
A agenda de implantação do Open Banking no Brasil segue o cronograma, lembrando que os bancos brasileiros aderiram em Janeiro de 2021 a essa modalidade.
Sobre as regras do open banking
A regulamentação do Open Banking foi divulgada em transmissão realizada há quase um ano e reforçada há pouco tempo pelo canal do BC no YouTube e contou com a presença de Otávio Damaso, diretor de Regulação e João Manoel Pinho de Mello (no telão), diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução. As regras aprovadas trazem:
- Definições, objetivos e princípios do modelo;
- Principais diretrizes e regras de funcionamento, como: os dados e serviços abrangidos, as instituições participantes, os requisitos para obtenção do consentimento do cliente e sua autenticação, aspectos relacionados à responsabilidade das instituições participantes e à convenção a ser celebrada entre elas para definir os padrões técnicos;
- Procedimentos operacionais para implementação do Open Banking;
- Entre outras disposições.
O que o Open Banking tem a ver com o seu ERP?
A essa altura, já está claro que o Open Banking é uma iniciativa totalmente alinhada à disrupção no setor financeiro, certo? É aí que a sua operação no ERP entra em cena: a tecnologia aberta é capaz de otimizar tarefas e de maximizar a performance da equipe na execução de atividades rotineiras.
Imagine, por exemplo, que você tem um e-commerce consolidado. Mesmo que, no seu business, você não trabalhe diretamente com produtos e serviços financeiros, o Open Banking desponta como uma chance de lapidar suas opções de meios de pagamento ─ entendendo quais são as preferências do cliente e adequando-as às que mais convertem.
Depois de passar o cartão, seu ERP continua executando todos os processos relativos à venda. A única diferença é que, com o Open Banking, eles se tornarão menos burocráticos e mais automáticos: do pagamento de contas de consumo à conciliação bancária, a tendência é que sua equipe possa se livrar das rotinas excessivamente manuais para se dedicar ao que é realmente estratégico.
“O ERP é o coração do negócio, bombeando informações para todas as áreas da organização”, pontua Tiago Garbim, CEO da Ativy. A boa notícia é que, a partir de agora, ele tem mais um aliado na escalada operacional dos profissionais do Financeiro.
Quais são os impactos do Open Banking na gestão financeira?
Não há nenhum exagero em dizer que o Open Banking é uma tecnologia revolucionária e que os benefícios da solução se amparam na liberdade.
O cliente, por exemplo, é livre para carregar suas informações financeiras de uma instituição a outra. Os bancos, por sua vez, são livres para formatar produtos e serviços mais alinhados às demandas do mercado. Por fim, as empresas em geral têm mais liberdade para alocar seus recursos – tais como tempo e mão de obra, para citar apenas alguns – em tarefas de maior valor agregado.
“No departamento financeiro, os principais ganhos do Open Banking estão relacionados à gestão e à governança”, ressalta Alexandre Furtado, Business Development & Partnerships na Cora, banco digital já integrado ao SAP. Para o executivo, “a ligação do ERP com as aplicações bancárias online confere mais agilidade, eficiência, controle e segurança ao dia a dia de quem movimenta o capital corporativo”.
Integrar o Contas a Pagar e o Contas a Receber a um banco digital rende, de fato, muitas vantagens. Por um lado, é possível descomplicar o envio de transferências (TED); por outro, pode-se automatizar a emissão de boletos registrados. O resultado é valioso e imediato: além de blindar a sua operação, evitando eventuais desvios de dados, erros manuais também são suprimidos de uma vez por todas.
Todos os benefícios do Open Banking no ERP – especialmente na gestão financeira – têm, em comum, um aspecto bastante sensível: no fim do dia, trata-se de reduzir custos. Liberar a equipe de rotinas repetitivas, por exemplo, permite o melhor aproveitamento dos profissionais. Do mesmo modo, minimizar o retrabalho gera um importante ganho de performance.
Mais do que apenas reduzir a burocracia e economizar nas taxas, a integração entre o ERP e o banco digital abre um leque de oportunidades de otimização. O Open Banking é, sem dúvidas, o catalisador de mudanças essenciais ao desenvolvimento sustentável (e lucrativo) das companhias brasileiras.
A grande questão quando se fala em Open Banking é não apenas de tecnologia ou regulamentação, mas também de pensar no novo cenário que ele projeta, com um contexto aberto, troca de informação e alterando o modo de trabalhar. “Haverá horas de se criar jornadas para os clientes e de participar das jornadas”, apontou Cavagnoli. “A chave é atuar de forma conjunta e colaborativa visando a criar valor agregado para todos na cadeia”, ressaltou Marcos Cavagnoli, diretor de Cash Management do Itaú BBA.
Open Banking e o SAP
O Open Banking abre novas possibilidades para as seguradoras avaliarem a precificação e aceitação de riscos baseados em informações bancárias, desde que haja autorização para este fim. A afirmação foi feita pelo responsável por soluções SAP no Brasil para as Seguradoras, Eduardo Brunetti, em entrevista ao CQCS. Segundo ele, as seguradoras poderão também responder aos parceiros de negócio – corretores, prestadores de serviço, redes credenciadas, etc. – com maior efetividade nas negociações comerciais.
Brunetti acrescentou que o movimento para gerar novos modelos de seguros coloca o cliente no centro das soluções, ofertando não somente coberturas específicas, mas também serviços de apoio para bem estar do segurado e minimização dos riscos. “Desta forma tanto os seguros populares como também os micros seguros podem ter alavancados sua implementação, desde que alguns custos diretos sejam retirados nestes modelo de negócio”, comentou.
Ele enfatizou ainda que a SAP pode incorporar suas tecnologias nas seguradoras para ampliar não somente a criação de novos produtos e cobrança por meios instantâneos, p.ex., PIX, como também ofertar soluções para a avaliação da experiência do cliente conectada ou não ao commerce da instituição.
Brunetti explicou também que, além de coletar as autorizações, a SAP provê soluções para distribuir essas informações para os diversos sistemas que compõe o atual landscape das seguradoras, com diversas bases de dados localizada nas diversas aplicações.
Já o Arquiteto Corporativo da SAP, Leandro Santos, revelou que a regulamentação do Open Banking requer a consolidação de várias capacidades dentro da organização, tais como Gestão de Dados, Gestão de Interfaces, Monetização de API´s, Gestão de Compartilhamento e Atendimento. Na visão dele, é indispensável haver também “capacidades analíticas para os relatórios semestrais exigidos pelo regulador”.
Leandro observou que, neste aspecto, a SAP já contém um vasto portfolio de soluções tecnológicas, tais como o SAP Cloud Platform (gestão de API’s, portal do desenvolvedor, conectores para as mais diversas necessidades de integrações, etc.), a plataforma de dados com capacidades de virtualização e gestão estratégica dos dados (SAP HANA, SAP Data Intelligence, etc.), soluções maduras e escaláveis para monetização de API’s (SAP Billing and Revenue Innovation Management), além de capacidade analítica avançada com o SAP Analytics Cloud, entre muitas outras.
De acordo com o Arquiteto da SAP, as, novas legislações sobre privacidade de dados estão mudando as regras de como as empresas coletam e processam dados de clientes.
Pensando nisso, a SAP desenvolveu os pilares de uma estratégia global de privacidade de dados para consolidar a confiança e a fidelidade dos clientes, e atender às principais exigências do GDPR, CCPA e LGPD.
Dessa forma, com o SAP Customer Data Cloud, é possível manter a comprovação de como, quando, onde e por que os clientes coletam e processam dados de seus clientes, implementar uma solução holística para gerenciar perfis, preferências e consentimento dos seus clientes e cumprir vários dos requisitos mais difíceis das regulamentações de privacidade dos dados do consumidor, oferecendo transparência sobre o modo como é feita a coleta e uso dos dados pessoais dos clientes.
Fonte: https://ativy.com/o-impacto-do-open-banking-no-erp-e-o-que-muda-na-sua-gestao-financeira/
Fonte: https://ativy.com/o-impacto-do-open-banking-no-erp-e-o-que-muda-na-sua-gestao-financeira/
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